O câncer é uma doença que amedronta grande parte das pessoas. Em partes, porque é uma das principais causas de mortes no mundo e traz a tona essa questão da fragilidade da vida humana: doença, enfrentamento e faz pensar na possibilidade do luto, perda, morte.
Ninguém está preparado emocionalmente para essa noticia. Inicialmente, ocorre um choque emocional, abalo na pessoa enferma e sua família. Levanta-se vários questionamentos, por exemplo: Como vou falar isso isso? o que vou fazer? é grave? quais as chances de cura? vou morrer?
Cabe ressaltar que muitas famílias não conseguem nem falar sobre o assunto, podem esconder a doença do paciente inventando outra menos grave e apenas alimentar as esperanças de cura. Segundo estudos da terapia familiar, isso acarreta graves consequências no processo de recuperação e luto.
Então, o primeira questão psicológica será a aceitação do diagnóstico e o dialogo, sincero, para definir as estratégias de enfrentamento. Em em uma segunda fase, a psicoterapia pode auxiliar na fortalecimento emocional, construindo resiliência para enfrentar os desafios. Exemplo desses: sintomas e efeitos colaterais (como dor, fadiga e náuseas), ansiedade, insegurança, desânimo, medo e estresse.
Parte desse processo também inclui as mudanças de rotina, reavaliar as direções e decisões a serem tomadas e ter tolerância para suportar constantes incertezas dessa fase. Muitas apresentam sintomas de depressão – o que, para alguns especialistas, é considerado uma resposta normal à ameaça existencial.
Em decorrência do modo de vida, alguns indivíduos vão perdendo sua capacidade de ser espontâneos, a psicoterapia busca aumentar as possibilidades criativas, positivas e que gerem bem estar.
O suporte emocional oportunizado pela psicoterapia auxilia paciente e a sua família enfrentar as dificuldades da doença em todos os estágios.O fortalecimento do estado emocional proporciona ao paciente maior adesão ao tratamento e como conseqüência uma melhor resposta do sistema imunológico.
Como psicologa e psicanalista, acho fundamental conversar claramente e ajudar as pessoas a enfrentar os medos e inseguranças. não somente a doença, mas, o que existe de sadio e assim buscar conservar atitudes humanas que valorizem esse aspecto para assim gerar a segurança e o conforto, de todos os envolvidos, nessa caminhada.