Terapia para feminino ferido: a dor da repressão

Terapia Online - Lisiane Hadlich

Lisiane Hadlich

Desde o ano 2000, venho sendo uma força de mudança na vida de inúmeras pessoas. Jornadas marcadas por histórias de transformação e crescimento para adultos, adolescentes, casais e famílias - não importa a complexidade dos seus desafios estou aqui para te ouvir, apoiar e guiar você em sua busca por uma mente feliz e uma vida mais plena.

Na perspectiva junguiana, o feminino ferido representa a desconexão da mulher com suas emoções autênticas, reprimidas por padrões inconscientes estabelecidos na infância. Essa marca emocional podem bloquear a expressão da criatividade, da intuição e da sensibilidade. Com certeza, aspectos essenciais do arquétipo feminino. Em minha prática como psicóloga especialista em terapia junguiana, observo como essas questões emergem em mulheres independentes que, apesar da aparente segurança, ainda carregam marcas emocionais profundas.

Por isso, nesse artigo vou abordar este tema da terapia para feminino ferido: a dor da repressão. Quais os sinais e consequências do feminino ferido? Você sabia que repressão do feminino dificulta relacionamentos satisfatórios e pode bloquear seu sucesso na carreira? Além disso veremos o diferencial da psicoterapia online junguiana que já auxilia portuguesas e brasileiras em diversos países no mundo.

O Feminino Ferido na Psicologia Junguiana

Na perspectiva junguiana, o feminino ferido é uma desconexão emocional causada por traumas emocionais que impedem a mulher de acessar e viver seus potenciais. Esse conceito está associado a padrões inconscientes adquiridos na infância. Especialmente aqueles transmitidos pela mãe ou por figuras femininas significativas. Jung descreve que, quando uma mulher não integra plenamente sua energia feminina, tende a desenvolver comportamentos autossabotadores, sentimentos de vazio e uma constante sensação de insuficiência.

Um exemplo clássico acontece quando a mulher é ensinada desde cedo a ser perfeita e submissa para receber amor. Esse padrão pode se manifestar na vida adulta como excesso de autocobrança, medo de falhar ou dificuldade em estabelecer limites nos relacionamentos. Muitas mulheres que, apesar de terem uma imagem externa de independência e sucesso, carregam internamente uma criança emocionalmente ferida que busca aprovação.

A terapia junguiana propõe a reintegração dessas partes reprimidas por meio da análise dos arquétipos femininos. Trabalhar com os arquétipos da Grande Mãe, da Mulher Sábia e da Guerreira permite que a mulher reconheça onde houve repressão, resgate sua força interna e reconstrua um novo padrão emocional, mais saudável e congruente com sua verdade.

Arquétipos do Feminino Ferido e Repressão.

Os arquétipos femininos representam forças psíquicas poderosas que moldam a personalidade e os comportamentos. Quando esses arquétipos são reprimidos ou distorcidos, a mulher repete padrões emocionais destrutivos. Na terapia junguiana, trabalhamos com figuras como a Grande Mãe, a Mulher Sábia e a Guerreira, entre outras conforme a historia familiar e de vida. Assim, descobre-se aspectos positivos do feminino. Bem como, esses arquétipos também podem manifestar suas sombras.

Por exemplo, a Grande Mãe, quando reprimida, pode se transformar na mulher controladora. Dessa forma, aquela que sufoca, manipula ou invalida as emoções dos filhos. Mulheres que tiveram mães controladoras frequentemente internalizam essa figura e repetem o padrão, tornando-se autoritárias ou excessivamente críticas consigo mesmas. Na minha experiencia clinica, muitas mulheres, sem perceber, reproduzem esse comportamento, exigindo perfeição de si mesmas e de suas relações.

Outro exemplo é a Mulher Sábia, que, quando reprimida, pode dar lugar à Mulher Submissa. Em vez de agir com sabedoria, a mulher permanece calada, evita conflitos e aceita situações abusivas. Esse padrão é resultado de um ambiente familiar em que expressar emoções consistia em fraqueza. A terapia junguiana busca trazer esses arquétipos à consciência, permitindo que a mulher transforme essas sombras em recursos psíquicos poderosos para construir relações pessoais e profissionais mais saudáveis, realizadoras e autênticas.

Sinais e Consequências do Feminino Ferido

Os sinais do feminino ferido muitas vezes passam despercebidos por mulheres que se veem fortes, independentes e com conquistas na vida. Internamente, porém, elas podem carregar um vazio emocional, medo de rejeição e procrastinar decisões importantes no relacionamento ou carreira. Esse sofrimento pode se manifestar em sintomas físicos, emocionais e comportamentais que impactam diversas áreas da vida.

Em minha experiencia clínica, auxilio mulheres que se envolvem repetidamente em relacionamentos fracassados. Assim, atraindo parceiros emocionalmente indisponíveis ou controladores. Além disso, há mulheres felizes nos relacionamentos conjugais porem frustradas ou estagnadas em sua carreira profissional. Ambas procuram a terapia sentindo-se perdidas. Nesse sentido, ambos os padrões são reflexo do vínculo primário com a mãe. Ou seja, quando a mãe era emocionalmente ausente, crítica ou narcisista. Assim, a busca inconsciente por receber o amor que não foi dado na infância.

Outra consequência comum é a autossabotagem na carreira profissional. Mulheres que cresceram ouvindo que “não são boas o suficiente” tendem a se boicotar, recusando oportunidades ou se sobrecarregando para provar seu valor. A repressão do feminino também pode se manifestar em sintomas físicos como enxaquecas, insônia, distúrbios digestivos, dificuldade de engravidar, depressão pós parto, bloqueios na maternidade, dependência emocional. Por isso, identificar esses sinais é o primeiro passo para buscar ajuda. Assim, permitindo que a mulher compreenda a origem desses padrões e inicie um processo de integração emocional na terapia junguiana.

Quando a Repressão Bloqueia o Sucesso

A repressão do feminino não se limita apenas ao campo emocional. Ela também pode comprometer o desenvolvimento profissional, financeiro e a realização pessoal de mulheres independentes. Em contextos corporativos, por exemplo, a mulher que reprimiu suas emoções na infância tende a adotar posturas rígidas, excessivamente controladoras ou, ao contrário, passivas e submissas, acreditando que precisa se encaixar em padrões masculinos para ser aceita.

Um exemplo comum é a autossabotagem em momentos decisivos da carreira. Mulheres que foram invalidadas emocionalmente na infância podem desenvolver a crença inconsciente de que não são capazes ou merecedoras do sucesso. Isso se traduz em comportamentos como procrastinação, medo de expor ideias ou dificuldade em negociar aumentos salariais. No consultório, auxilio mulheres que acumulam qualificações, mas hesitam em se posicionar ou liderar projetos por temerem críticas ou rejeição.

Além disso, a repressão emocional pode se manifestar em sintomas físicos. A tensão constante para provar valor pode desencadear problemas como ansiedade, insônia e Burnout. Em casos mais graves, a desconexão com o feminino pode levar a um esgotamento emocional, resultando em quadros de depressão ou crises existenciais. A terapia junguiana auxilia na identificação desses padrões, permitindo que a mulher resgate sua autenticidade, se liberte das crenças limitantes e redefina seu conceito de sucesso de forma mais alinhada com sua verdadeira essência.

Impacto da repressão da infância na Vida Adulta

Os padrões emocionais estabelecidos na infância são legados inconscientes que atravessam gerações. Cada mulher recebe um conjunto de crenças, medos e expectativas que foram transmitidos por suas mães, avós e outras figuras femininas. Em muitas famílias, esses padrões podem ser segredos relacionados com experiências de dor, luto ou abandono. Em outras, a superproteção criou uma fragilidade emocional, deixando a mulher sem defesas para lidar com os desafios da vida adulta.

Por exemplo, há aquelas que sobreviveram em colégios internos, distantes do afeto familiar, aprendendo a silenciar suas dores para sobreviver. Outras foram condicionadas a sempre agradar, a fazer o que era esperado sem jamais questionar ou expressar suas próprias vontades. E há também as que receberam tudo sem esforço, desenvolvendo um padrão para agradar e incapacidade de dizer “não”. Assim, padrões como esses se repetem, muitas vezes sem que a mulher perceba. Eles se manifestam em escolhas pessoais ou profissionais que não refletem seus verdadeiros desejos. Também aceitam menos do que merecem ou em atitudes autossabotadoras que bloqueiam seu sucesso.

Para refletir:

  • O que você deixou de dizer por medo de desagradar ou ser rejeitada?
  • O que você guardou apenas para si mesma e que ainda pesa em seu coração?
  • Quais escolhas fez por obrigação que hoje geram ressentimento ou raiva?
  • Do que você precisa se libertar para se sentir mais autêntica, segura e plena?

Essas perguntas são convites para resgatar a própria voz, romper ciclos emocionais herdados e iniciar um processo de cura e reconexão com a essência verdadeira.

Superação do Feminino Ferido com a Terapia Junguiana

A terapia junguiana convida a mulher a revisitar suas memórias e padrões emocionais herdados, um processo semelhante ao que Clarissa Estés propõe em Mulheres que Correm com os Lobos. No livro, ela questiona: “O que você perdeu no caminho? Qual parte de si mesma ficou soterrada pelo desejo de agradar ou ser aceita?”

Muitas mulheres carregam feridas emocionais profundamente enraizadas, seja pela ausência materna, pela superproteção ou por traumas que nunca foram nomeados. Essas experiências moldam crenças inconscientes que continuam a influenciar decisões, comportamentos e relações.

  • O que você deixou de dizer por medo de ser rejeitada ou considerada ingrata?
  • Que sonhos foram sufocados pela necessidade de seguir padrões familiares?
  • Em que momentos você sentiu que estava vivendo a vida de outra pessoa, não a sua?

Na terapia junguiana, trabalhamos para identificar esses padrões por meio da análise de vida, sentimentos, sonhos, histórias familiares e arquétipos. Assim como Estés sugere que a mulher retome sua natureza instintiva, a abordagem junguiana propõe a integração das partes internas silenciadas ou feridas com a mulher adulta.

Essa jornada terapêutica envolve resgatar a própria voz, reescrever a narrativa emocional e romper com ciclos inconscientes. A partir dessa reintegração, a mulher pode construir um novo senso de identidade, alinhado com sua verdadeira essência, e finalmente viver de forma mais autêntica, segura e plena.

Conclusão: Reintegrando sentimentos para ser sua melhor versão.

Superar o feminino ferido é um processo que exige coragem para revisitar as próprias histórias, acolher as dores não ditas e romper com padrões que já não servem. A terapia junguiana oferece um caminho para resgatar a voz silenciada, integrar emoções reprimidas e reconstruir um novo sentido de identidade, livre dos papéis que foram impostos.

Você se reconhece em algum desses padrões? Sente que está repetindo ciclos emocionais sem perceber? Como psicóloga especialista em terapia junguiana e casais, atendo mulheres que desejam ressignificar suas histórias e resgatar seu verdadeiro eu.

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