Tratamento psicológico para autodestruição e automutilação.

Terapia Online - Lisiane Hadlich

Lisiane Hadlich

Desde o ano 2000, venho sendo uma força de mudança na vida de inúmeras pessoas. Jornadas marcadas por histórias de transformação e crescimento para adultos, adolescentes, casais e famílias - não importa a complexidade dos seus desafios estou aqui para te ouvir, apoiar e guiar você em sua busca por uma mente feliz e uma vida mais plena.

Você já se viu em comportamentos e escolhas autodestruidoras? O tema de hoje aborda tratamento psicológico para autodestruição e automutilação. Muitas vezes a autodestruição está no chamado “piloto automático” e leva-se tempo para ter consciência que viver não precisa incluir apenas sofrimento.

Em outras palavras, comportamentos auto destrutivos, envolvem a auto tortura. Por exemplo, através de pensamentos negativos sobre a vida e os outros, falta de proposito, autossabotagens, inveja, culpa, elevada autocobrança e automutilação física como um meio para dar sentido a dor.

O que leva uma pessoa a fazer mal a si mesma fisicamente? Os sintomas podem ser desde arrancar fios de cabelos, beliscar-se, cortar-se, infligir-se dor na tentativa de “calar os pensamentos críticos” em crises  emocionais.

São pessoas que se cobram muito. Logo, quando algo da errado ou são surpreendidas negativamente mergulham em uma sensação de incapacidade e fracasso. Como duvidam da sua capacidade e a crise gera um bloqueio emocional, investem sua energia no “ódio a si mesmo”.

Paradoxalmente, pensam todo o tempo em fazer o melhor para realizar seus projetos e sonhos, mas esse bloqueio emocional gera exaustão mental, cansaço físico e doenças psicossomáticas. O desafio esta em lidar com as emoções e desenvolver auto admiração, auto compaixão.

Entre alguns transtornos psicológicos ligados a comportamentos autodestrutivos, destacam-se:  dependências químicas como alcoolismo e drogas, vícios, depressão, borderline, transtornos de irritabilidade, traumas da infância, ansiedade, entre outros.

Tratamento psicológico para autodestruição:  quais traumas você vivenciou?

Primeiramente, autodestruição e automutilação estão ligados a traumas emocionas e/ou físicos, ocorridos na infância ou na adolescência. Nesse sentido te convido a refletir: quais foram seus sofrimentos? O que você teve vergonha e guardou para si? O que você sobreviveu e não superou?

Traumas da autodestruição e automutilação estão ligados a tragedias. Exemplo disso: abuso sexual, pais com ideações e tentativas suicidas, pais viciados, família narcisista, luto, miséria prolongada, rejeição, bullying, entre outros.

Nesse sentido, a pessoa cresce vendo o mundo com lentes de dor. Bem como podem sentirem-se diferentes das outras e não entender o sentimento da alegria. Muitos pacientes se perguntam: “O que tem de errado comigo?”, “por que meu amigo superou e eu não?”, “o que estou fazendo vivo?”.

Em essência, quando um trauma é negado ou reprimido pode ter consequências físicas, emocionais e sociais a longo prazo. Conjuntamente, cada comportamento e mindset diário refletem hábitos e escolhas nocivas, hábitos, julgamentos, autossabotagem. Assim, a auto destruição.

Autodestruição e automutilação: a autodesvalorização.

Ambientes familiares com conflitos, julgamentos e críticas criam jovens com baixa auto estima. Como resultado disso, iniciam um ciclo de relações nocivas achando que “como a vida é muito ruim”, “aceito o que aparece”.

Similarmente, a maioria dos comportamentos automutiladores aparecem na adolescência. Trabalhei essa demanda em terapia online com muitos pré adolescentes e adolescentes. Em maioria passando por fases de angustia, desespero e o “querer ser visto como são” por suas famílias.

A automutilação reflete um pedido de socorro, inadequação existencial e social, não conseguir dialogar para elaborar suas emoções. Por isso, também pode estar ligada a introversão, timidez, autismo, fobias.

Logo, esse conjunto de crenças disfuncionais o desespero presente nos comportamentos destrutivos que refletem raízes de autodesvalorização. Por analogia, tudo que você conseguir não terá graça nem se sentira satisfeito, pode “não se sentir a altura”, “sentir que não merece”, “devia ter feito mais”.

Assim, as feridas emocionais bloqueiam a criatividade, satisfação e bem estar. Se você sofre com isso e deseja mudar este quadro reflita sobre as experiencias do passado que moldou a pessoa que você é hoje.

Ao revisitar seu passado com o auxilio da psicoterapia pode-se criar novas respostas aos traumas. Por isso a importância da psicoterapia e tratamento psicológico que envolve o tratamento do evento traumático, a experiencia e efeitos.

Como recuperar-se desses bloqueios emocionais? Em certo ponto, pode ser desafiador estabelecer um compromisso com o auto cuidado e o amor próprio. A pessoa chega na terapia totalmente ligada a sua dor e solta-la pode ser visto como uma ameaça.

Ao mesmo tempo, o individuo se reconhece paralisado com as auto agressões. Dai aparece a necessidade de buscar ajuda profissional.

Enfrentando a auto destrutividade e automutilação com a psicoterapia: Permitir-se admirar-se.

Fazer as pazes com a auto imagem, identidade e proposito de vida são chaves no tratamento da depressão e outras doenças emocionais que geram auto destrutividade e automutilação.

A auto imagem e amor próprio estão ligadas a construções de relacionamentos. Por que você atrai conexões que não fazem sentido ou te acrescentam? No fundo, você sabe que está perdendo tempo mas não sabe fazer diferente.

Por isso, mudar estes quadros requer auxilio profissional psicológico. Para reescrever a própria história com novos olhos, passa pela visão do trauma, criar resiliência. A psicoterapia tem formas de romper o circuito de sofrimentos repetitivos e preencher a vida com energia amorosa e produtiva.

A psicologia junguiana abraça as causas verdadeiras da dor. Em contrapartida, automutilação ou “punir-se” reflete prisão no mundo do sofrimento. Como resultado, quando entendemos a verdadeira natureza das dores, a mente pode retornar ao estado natural da lucidez. Como Jung explicava: “ir além do negativo e do positivo”, encontrar o equilíbrio.

Fontes complementares de pesquisa: Fenichel, 1980. / Jung, obras 1900. / Beck, 2000.