Sente-se perdido: como superar crise existencial?

Terapia Online - Lisiane Hadlich

Lisiane Hadlich

Desde o ano 2000, venho sendo uma força de mudança na vida de inúmeras pessoas. Jornadas marcadas por histórias de transformação e crescimento para adultos, adolescentes, casais e famílias - não importa a complexidade dos seus desafios estou aqui para te ouvir, apoiar e guiar você em sua busca por uma mente feliz e uma vida mais plena.

Sente-se perdido: como superar crise existencial? Esse é o tema para reflexão de hoje. Muitas pessoas de diversos países no mundo como Portugal, Espanha, Alemanha, Itália, Emirados árabes entre outros, buscam terapia online especializada, voltada ao desenvolvimento de potenciais, superação de crises pessoais ou conjugais e alta performance na carreira. Isso acontece devido ao sentimento de vazio e sentirem-se perdidos em sua vida. Além disso, descrevem ter “parado de sentir” ou “tanto faz o que acontece”.

Nesse sentido, abordarei neste artigo, de viés da psicanalise, o tema da crise existencial. Bem como a crise no sentido de encerramento de ciclos, Jung e o vazio criativo, angustia interna devido dissonâncias entre colapso por imagem externa e sentimento interno e como a psicoterapia de abordagem junguiana pode auxiliar a permitir o desenvolvimento de um novo sentido de vida.

A crise do profissional de alto desempenho: quando apenas o sucesso não basta

A crise existencial muitas vezes não começa com um colapso evidente, mas com uma sensação sutil de desconexão: a pessoa tem uma vida estável, independência financeira mas sente que perdeu algo essencial. Não se trata apenas de uma fase difícil, mas de uma ruptura interna entre o que se vive por fora e o que se sente por dentro. Homens e mulheres em carreiras de alta performance, que aprenderam a manter tudo sob controle, acabam enfrentando uma exaustão emocional que não sabem nomear. A sensação de vazio pode vir acompanhada de insônia, falta de motivação, ou um silêncio interno que já não é mais paz.

Esse tipo de crise pode estar relacionada a moldar-se diante de expectativas dos outros. Após anos de esforço para corresponder aos papéis de bom filho, bom aluno, profissional exemplar, muitos se veem diante de uma pergunta: “E eu? Onde estou nessa história?” A crise existencial surge como um convite ou um grito para olhar para dentro e reformular o sentido de viver, amar, sentir prazer.

Na terapia, esse vazio ganha voz. O individuo começa a entender que não é frágil por estar cansado ou sem direção, ele está em processo. E esse processo pode ser fértil. A crise, quando bem acompanhada, se transforma em solo para escolhas mais alinhadas com quem ele é de verdade. A busca deixa de ser por respostas prontas e passa a ser por coerência interna: um jeito novo de viver que não exclui a dor, mas também não se define por ela.

Quando nada faz sentido, mesmo depois de conquistar tanto

Crises existenciais podem ser crises silenciosas e difíceis de explicar. Aparentemente e por fora tudo parece estar bem. São pessoas independentes, sensíveis, que já passaram por processos importantes, conquistaram liberdade, reconhecimento profissional ou afetivo e mesmo assim se sentem vazias. Nada empolga, nada toca. É como se, por dentro, tudo tivesse perdido a cor. Isso costuma acontecer quando o amadurecimento emocional não acompanha as conquistas externas. Assim, a psique pede conexões, mas a rotina entrega apenas repetição.

Nessas crises, surgem perguntas profundas: “Por que continuo me sentindo assim, mesmo com tudo que tenho?” ou “Será que alguma parte de mim ficou pelo caminho?” A desconexão com o sentido da vida não surge por fraqueza ou ingratidão, mas por esgotamento da identidade anterior. A persona já não sustenta mais o que pulsa por dentro. E não é raro que, nesse momento, apareçam sintomas físicos, crises de choro, insônia ou até ideias de desistência. Também não por desejo real de morte, mas por não saber mais como viver com coerência.

É aqui que a psicoterapia profunda ganha força. A proposta é permitir que o verdadeiro sentido emerja, aos poucos, da escuta de si. A crise existencial pode ser um marco simbólico de renascimento: uma travessia entre a vida vivida para os outros e uma vida com significado pessoal. E esse sentido não precisa ser grandioso, pode estar no simples fato de viver com presença. Ademais em relações que nutrem e em decisões alinhadas com a própria verdade.

Sintomas da crise existencial: cansaço, vazio e autocrítica constante

A crise existencial muitas vezes acontece de forma sutil. Também pode vir acompanhada de estados depressivos, angústia prolongada ou pensamentos de autodesvalorização. Mesmo pessoas bem-sucedidas e sensíveis, que construíram uma vida admirável, podem se ver emocionalmente à deriva. O corpo funciona, a rotina acontece, mas por dentro algo desaba.

Em vez de sentido, vem o vazio. Em vez de leveza, uma sensação constante de inadequação. Igualmente como se nada fosse suficiente, como se a própria existência estivesse errada. Esses pacientes não estão apenas cansados: estão esgotados de tentar se sentir bem. E, por não encontrarem um motivo visível, começam a acreditar que o problema está neles.

A dor se esconde em frases como “não deveria me sentir assim”, “ninguém entenderia”, “não tenho o direito de sofrer”. Por trás da aparência funcional, surgem sintomas como insônia, choro frequente, apatia, ideias suicidas, crises de ansiedade ou sensação de estar desconectado de si e do mundo. Quando esses sinais se tornam repetitivos, a terapia deixa de ser uma alternativa e passa a ser uma necessidade vital.

Crenças negativas e pensamentos disfuncionais: quando a mente se volta contra você

Durante uma crise existencial, é comum que pensamentos autodepreciativos se tornem constantes. A mente repete frases duras como “nunca vou ser suficiente”, “algo em mim está errado”, “eu estrago tudo”. Além disso, com o tempo, essas vozes internas se confundem com identidade. Muitas pessoas nem percebem que essas ideias são aprendidas, enraizadas em vivências antigas de rejeição, exigência ou abandono.

Essas crenças negativas, formadas muitas vezes na infância ou adolescência, funcionam como filtros que distorcem a realidade. Mesmo em momentos bons, surge a sensação de que algo ruim vai acontecer. Por exemplo: o prazer é sabotado pela culpa. O sucesso é minimizado por uma voz crítica. O afeto é evitado por medo de não ser digno. São mecanismos inconscientes de autodefesa, mas que mantêm o sofrimento vivo e a autoestima comprometida.

As consequências disso são a perda progressiva da criatividade, da produtividade e do entusiasmo pela vida. O medo inconsciente da escassez de amor, de reconhecimento, de estabilidade começa a dominar a rotina. Assim, por vezes, acaba sendo atraído ou até concretizado, não por incapacidade real, mas pelo sofrimento emocional não tratado. Por isso, o autoconhecimento profundo é essencial: entender e trabalhar as próprias sombras. Dessa maneira permite-se lidar com elas de forma mais consciente e construtiva, interrompendo o ciclo de autossabotagem e criando espaço para reconstruir escolhas com mais liberdade.

Psicoterapia Junguiana como caminho para reconstruir sentido, equilíbrio e presença

Em momentos de crise existencial, é comum buscar mudanças externas ou distrações que aliviem o mal-estar. Mas o verdadeiro ponto de virada acontece quando se escolhe parar e olhar para dentro com maturidade. A psicoterapia não é apenas um espaço para desabafar. Especialmente é um processo estruturado que ajuda a compreender padrões inconscientes, resgatar o equilíbrio emocional e reconectar-se com a própria essência.

Ao longo do trabalho clínico, o paciente aprende a lidar com seus pensamentos disfuncionais, ressignificar crenças antigas, entender seus afetos e reencontrar seus potenciais adormecidos. Diferente da abordagem cognitiva, a abordagem psicanalítica junguiana prioriza conhecer o inconsciente associado a historia de vida. A escuta terapêutica sensível e especializada proporciona um tipo de apoio que guia com clareza e baseado em evidencias. Assim, a vida deixa de ser uma série de reações automáticas e passa a ser uma construção consciente.

Com o tempo, a terapia se torna um ponto de ancoragem emocional. Ajuda a desenvolver presença, autocuidado real e decisões mais alinhadas com quem a pessoa realmente é, não apenas com o que esperam dela. Esse processo, embora desafiador, é libertador: o paciente começa a viver com mais verdade, mais conexão e mais paz interna, mesmo diante das imperfeições da vida.

Conclusão: da crise ao reencontro consigo mesmo e com os outros.

Uma crise existencial, quando ignorada, pode consumir silenciosamente a alegria de viver, os relacionamentos mais importantes e até a confiança nas próprias conquistas. Mas quando acolhida com seriedade e coragem, ela se transforma em um convite: olhar para si mesmo. Assim com mais profundidade e reconstruir proposito, prazer e a presença.

Mais do que respostas, a psicoterapia oferece um espaço de construção de consciência. Com escuta qualificada e abordagem profunda, é possível identificar padrões emocionais, reorganizar pensamentos e encontrar formas mais saudáveis de lidar com a vida. O processo favorece escolhas alinhadas à sua realidade atual com mais clareza, solidez emocional e autenticidade.

Se você se identifica com esses sintomas e reconhece que chegou a hora de cuidar da sua saúde mental com seriedade, entre em contato para seu auto encontro e auto cuidado. Agende aqui sua consulta e inicie sua psicoterapia online.

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