O passado do seu parceiro paralisa você? O ciúme retroativo é um sabotador de alto custo. Superar essa obsessão exige mais que controle. Certamente exige uma reestruturação profunda da autoestima. É sobre conquistar a segurança interna que o histórico alheio não pode abalar.
Minha prática, como psicanalista clínica, desde 2000, é voltada ao autoconhecimento emocional. Por meio de mentorias e psicoterapia online, atendo clientes no Brasil, Estados Unidos, Europa e outros países. O trabalho é ir à raiz da fragilidade interna, oferecendo um caminho discreto, exclusivo e efetivo para o seu Alto Desempenho Emocional.
Neste artigo, você vai compreender como o ciúme retroativo se conecta à insegurança pessoal. Vamos explorar a ferida do “eu insuficiente” e as chaves para construir um valor próprio inegociável. Assim fortalecendo sua autoestima, sua relação e sua paz mental no presente.
Ciúme Retroativo e a Ferida do Eu Insuficiente
Pesquisas publicadas pela Psychology Today (2025) mostram que o ciúme retroativo aparece com frequência em pessoas de autoestima vulnerável ou com histórico de relações marcadas por rejeição. Mesmo quem se considera racional e confiante pode se ver preso em comparações com o passado do parceiro, tentando entender por que lembranças antigas ainda doem.
Assim, esse ciúme fala menos sobre o outro e mais sobre o que falta dentro. Quando o passado do parceiro parece uma ameaça, o que realmente se sente é o medo de ser substituível, de não ocupar um lugar único e seguro. Por trás da vigilância há uma tentativa de proteger um valor interno frágil, ainda dependente da validação alheia.
Nesse sentido, a reflexão essencial é: o que em mim se sente pequeno diante da história do outro? A psicoterapia da abordagem da psicologia junguiana convida a olhar para essa ferida como um reconhecimento não recebido no tempo certo. Em vez de reagir com controle, o desafio é aprender a se validar. O sintoma começa a perder força quando o valor pessoal deixa de ser comparativo e passa a ser uma experiência interna de estabilidade e confiança.

O Medo de não ser Digno de Amor
O ciúme retroativo costuma nascer quando a história amorosa do outro desperta uma dúvida antiga: sou realmente digno de amor? O passado do parceiro passa a funcionar como espelho, refletindo inseguranças e comparações. Mesmo pessoas bem sucedidas podem se ver tomadas por esse tipo de medo. Outrossim não porque desejam o que o outro viveu, mas porque temem não ser escolhidas com a mesma intensidade.
Nesse sentido, pesquisas recentes do Journal of Social and Personal Relationships (2024) indicam que o ciúme retroativo é mais comum em quem associa amor à validação e exclusividade. Por exemplo, dedicar horas na internet procurando o perfil de exs parceiros(a) do conjuge, ficar obcecado(a) pela rede social de um ex, entre outras formas de ciúmes.
A mente tenta se defender com controle. Vasculha lembranças, pergunta demais, busca pistas que sustentem uma ilusão de segurança. Mas quanto mais investiga, mais reforça a sensação de não bastar. A tentativa de entender o passado é, na verdade, um pedido inconsciente de garantia: me prova que sou suficiente agora. É assim que o ciúme retroativo se transforma em defesa contra o medo da perda, alimentando justamente o que tenta evitar.
Romper esse ciclo exige algo mais profundo do que conter impulsos. É preciso fortalecer a autoestima, entendida aqui como a capacidade de sustentar o próprio valor mesmo diante da incerteza. Esse processo raramente acontece sozinho. Na psicoterapia, a pessoa começa a reconhecer o que em si precisa de confirmação constante e aprende a oferecer a si mesmo o olhar de reconhecimento que antes buscava no outro. É aí que o amor deixa de ser campo de ameaça e volta a ser espaço de encontro e presença.
O Ciclo do Controle e a Ilusão de Segurança
Quem vive o ciúme retroativo costuma transformar o controle em rotina. Vigia, compara, questiona, revisita o passado do outro e chama isso de cuidado. Mas cada tentativa de proteger o vínculo esconde um ritual de ansiedade. A mente busca aliviar o medo criando regras, certezas e limites, como se o amor dependesse de vigilância para existir. Assim, o vínculo perde a leveza e vira um sistema de monitoramento emocional.
Com o tempo, o parceiro pode se adaptar à obsessão. Molda o próprio comportamento às desconfianças, até confundir controle com intimidade. A liberdade desaparece em silêncio: primeiro nas pequenas concessões, depois na culpa por duvidar. O prazer da convivência se mistura à exaustão de manter tudo sob domínio. Essa rotina, aparentemente normal, corrói a individualidade e cria relações disfuncionais, marcadas por tensão e medo de abandono.
Muitos só percebem o tamanho da perda depois que a relação termina, ou quando alguém de fora como um amigo ou terapeuta mostra o desgaste que o controle causou. Esse olhar externo revela o quanto a tentativa de “não perder o outro” custou autenticidade, desejo e espontaneidade.
Em muitos casos, esse padrão acompanha o transtorno narcisista. Quem controla tenta manter o outro dentro do próprio eixo, transformando-o em espelho de suas inseguranças. A relação deixa de ser encontro e passa a ser reflexo: um busca se ver confirmado, o outro aceita se anular para não perder o vínculo. É assim que o amor se transforma em dependência emocional.

Como a Ansiedade revela o Afastamento da própria Verdade
A ansiedade é um sinal de afastamento de si. Na pressa de ser amado e sem autoconhecimento emocional, muitas pessoas e casais acabam repetindo padrões disfuncionais de relacionamento, buscando no outro o que ainda não encontraram dentro de si. Quando falta amor próprio, aceitam migalhas afetivas, acreditando que qualquer vínculo é melhor que o vazio.
Crises de ansiedade, pânico e outras somatizações costumam revelar esses conflitos internos. Ademais não apenas o medo de perder alguém, mas também crenças distorcidas sobre o amor, necessidades emocionais não atendidas ou até projetos de vida abandonados. O corpo denuncia o quanto se desviou do próprio eixo para caber nas expectativas alheias.
Reaproximar-se de si é o início da cura. A psicoterapia individual ou de casal favorece esse retorno, ajudando a reconhecer os mecanismos inconscientes que alimentam a ansiedade. À medida que cresce a presença e a autenticidade, o amor deixa de ser um campo de carência e passa a refletir inteireza, escolha e liberdade emocional.
O Método: Regulação Emocional ao Alto Desempenho Emocional
A superação do ciúme retroativo pede regulação emocional, isto é, a capacidade de reconhecer, nomear e ajustar os próprios estados internos. Segundo estudo publicado no Journal of Personality and Social Psychology (2024), pessoas que desenvolvem autoconhecimento emocional reagem com mais equilíbrio a situações de ameaça afetiva, mostrando menor ativação fisiológica e mais clareza nas decisões.
Esse processo passa por três pilares: Autoconhecimento, Autoestima funcional e Regulação emocional. Assim, a terapia atua como forma de visualizar e praticar novos comportamentos. A cada sessão, amplia-se a consciência emocional e a habilidade de entender e lidar com desconfortos.
Com o tempo, homens, mulheres e casais aprendem a reconhecer os sinais de tensão antes que se transformem em reatividade. Essa mudança de postura fortalece a autonomia afetiva e inaugura o verdadeiro alto desempenho emocional, um estado de presença e clareza em que o amor não depende mais da vigilância, mas da liberdade de ser quem se é.

O Caminho da Superação: Reencontrar-se na Terapia
Cuidar da mente é um ato de autocuidado e autoamor. O processo terapêutico é um convite a refletir o modo como se ama, reage e se protege. O tratamento psicológico das fantasias e crenças disfuncionais ajuda a reduzir a ansiedade e a ampliar a clareza sobre como se deseja viver a própria vida. Esse trabalho fortalece a presença em si, onde o amor deixa de ser medo de perda e se torna expressão de verdade interior.
Na psicoterapia, o olhar se volta para dentro. Ao reconhecer emoções negadas e histórias mal compreendidas, cria-se espaço para um novo modo de existir: com mais autenticidade, limites claros e serenidade. É um exercício constante de autoconhecimento e gestão emocional, que transforma o ruído mental em percepção lúcida sobre o que realmente importa.
A terapia com a psicóloga Lisiane Hadlich é um caminhar conjunto: um espaço de escuta, reflexão e coragem. Coragem para olhar as sombras, rever narrativas antigas e reconstruir o que faz sentido à essência e à verdadeira identidade. Superar o ciúme retroativo é consequência natural desse processo: um retorno a si, onde o amor próprio deixa de ser ideal e passa a ser prática cotidiana.
Conclusão: Amor como escolha Consciente
O verdadeiro bem-estar emocional nasce do encontro com o própria essência. Antes de buscar estabilidade no outro, é preciso cultivar equilíbrio dentro de si. Quando o olhar se volta para dentro, os vazios interiores deixam de ser projetados no parceiro, e o vínculo passa a se sustentar em presença, confiança e respeito.
Um relacionamento satisfatório não se constrói a partir da carência, mas da integridade emocional. A psicoterapia favorece esse movimento: compreender o que se sente, reorganizar crenças e restaurar a harmonia interna. Assim, o amor deixa de ser compensação e se torna escolha consciente.
A psicoterapia online com a psicóloga Lisiane Hadlich oferece um espaço de escuta confidencial e profundo, voltado a quem busca autoconhecimento, gestão emocional e relacionamentos saudáveis. Com atendimentos realizados no Brasil e no exterior, o trabalho integra técnica, sensibilidade e experiência clínica para promover equilíbrio emocional e autenticidade nas relações.







