Síndrome Burnout: a doença do esgotamento profissional.

Terapia Online - Lisiane Hadlich

Lisiane Hadlich

Desde o ano 2000, venho sendo uma força de mudança na vida de inúmeras pessoas. Jornadas marcadas por histórias de transformação e crescimento para adultos, adolescentes, casais e famílias - não importa a complexidade dos seus desafios estou aqui para te ouvir, apoiar e guiar você em sua busca por uma mente feliz e uma vida mais plena.

A Síndrome de Burnout, conhecida como a Doença do Esgotamento Profissional, é um estado de crise emocional, físico e mental decorrente do acúmulo de estresse no ambiente de trabalho. Como psicóloga com mais de 25 anos de experiência em terapia psicanalítica e saúde mental, acompanho os impactos desse desgaste profundo em executivas, funcionários públicos, empresários, estudantes de mestrado e doutorado, líderes, entre outros.

Por isso, neste artigo, vou abordar esta doença profissional, muitas vezes de inicio silencioso. Bem como os sinais, características, importância do tratamento psicológico para recuperar a saúde física, equilíbrio emocional. Além disso, reinterpretar a carreira profissional integrando a qualidade de vida. 

Quando a Exaustão Vai Além do Cansaço: Sinais do Burnout

A síndrome de Burnout não começa com um colapso visível. Assim ela se instala aos poucos, como um desgaste mental que vai silenciosamente minando o humor e disposição físico. O que antes era apenas cansaço passa a ser um peso diário, acompanhado de crises de choro sem motivo aparente, irritabilidade, perda de motivação e a sensação constante de que nada do que se faz é suficiente. A mente acelera, o sono falha e, ainda assim, é difícil parar. Muitas pessoas relatam o medo de errar, de perder tudo o que conquistaram ou de serem vistas como fracas se pedirem ajuda.

No corpo, os sinais também aparecem: dores de cabeça persistentes, tensão muscular, palpitações, problemas gastrointestinais e uma fadiga que não melhora com o descanso. O organismo, em alerta contínuo, reage como se estivesse em perigo, mesmo na rotina comum. Essa hiperatividade emocional pode evoluir para quadros de ansiedade generalizada ou TAG, paranoia leve ou até sintomas depressivos.  

Ignorar esses sinais é uma forma de prolongar o sofrimento. Reconhecer o Burnout é o primeiro passo para interromper esse ciclo de esgotamento. Igualmente buscar uma psicoterapia de tratamento intensivo ou, no mínimo semanal, ajuda o paciente reencontrar forças e redescobrir o sentido do trabalho, sem adoecer. Além disso, algumas pessoas fazem transição de carreira, visando maior qualidade de vida. 

Tentar Dar Conta de Tudo: a Busca por Perfeição Leva ao Esgotamento

Existem pessoas que não sabem separar a vida pessoal do trabalho. E, no ambiente profissional, não reconhecem a hora de parar. Continuam produzindo, respondendo mensagens fora do expediente, assumindo responsabilidades que não são suas. Também sentem como se fossem as únicas capazes de resolver tudo. Ademais são profissionais comprometidas, exigentes consigo mesmas, muitas vezes elogiadas por sua competência. Mas por dentro, carregam uma exaustão crescente, que cedo ou tarde cobra seu preço.

Essa busca por perfeição leva ao esgotamento emocional. Não é raro que essas pessoas cheguem à psicoterapia em estado de exaustão extrema, com crises de ansiedade, medo de errar, insônia e até pensamentos autodepreciativos. A mente não desliga, o corpo não relaxa, e a culpa por descansar se torna um sintoma de um sistema emocional sobrecarregado. Muitas choram sozinhas ou se sentem “fracassadas” por não conseguirem manter o controle.

A psicoterapia ajuda a romper esse ciclo de exigência extrema e autocobrança. Nesse sentido, olhar para essa dor com acolhimento e profundidade, é possível entender que não é necessário ser perfeita para ser suficiente. Aprender a colocar limites, respeitar seus próprios ritmos e reconhecer que pedir ajuda é um sinal de inteligência emocional, não de fraqueza, são passos fundamentais para recuperar o equilíbrio e preservar os vínculos afetivos e profissionais.

Muitas pessoas sofrem com longos deslocamentos ate o trabalho ou moram noutros locais. Consequentemente aumenta o cansaço físico, solidão e distancia familiar. Além disso, desfavorece uma alimentação saudável e exercícios físicos. 

História de Recomeço: Quando o Sucesso Quase Virou Colapso

Silvia (nome fictício) era gerente em um grande banco, reconhecida por sua eficiência e comprometimento. Acumulava metas, assumia responsabilidades extras e ainda mantinha uma rotina de estudos no fim do dia. Por fora, tudo parecia sob controle. Por dentro, a exaustão se acumulava em silêncio. Começou com crises de ansiedade leves, depois vieram o choro contido no carro, a insônia e o medo constante de errar. Seu corpo, em alerta contínuo, reagia como se algo estivesse prestes a desabar. E estava.

O colapso não veio de uma vez. Veio como uma série de pequenos sinais ignorados, até que um episódio de taquicardia a fez buscar ajuda médica. O diagnóstico foi claro: Burnout e TAG. Iniciar a psicoterapia foi um ato de resistência ao modelo de força ininterrupta que ela havia internalizado. No processo, entendeu que sustentar tudo sozinha não era sinal de competência. Mas sim um reflexo de uma história emocional que precisava ser revisitada.

Com a psicoterapia, Silvia aprendeu a reconhecer seus próprios limites, reorganizar prioridades e se reconectar com aspectos da vida que estavam abandonados. Hoje, performa com mais leveza, faz pausas reais e não sente culpa por precisar de cuidado. Sua história é também a de muitas outras mulheres e homens que vivem no limite entre o sucesso e o colapso. Com apoio terapêutico, descobrem que recomeçar pode ser o maior gesto de força.

Tratamento Psicológico para Burnout: Cuidar da Mente para Retomar a Vida

Existe um momento em que o corpo e a mente pedem cuidado. Nem sempre esse pedido vem com palavras claras. As vezes se manifesta como cansaço profundo, perda de entusiasmo, dificuldade de dormir ou aquela sensação de que a mente está girando rápido demais. Nessas horas, buscar tratamento psicológico para burnout não é sinal de fraqueza, mas de lucidez e respeito por si mesma. É um passo gentil em direção à saúde emocional e à reconexão com o que realmente importa.

Esse processo vale tanto para profissionais como bancários, engenheiros, profissionais de TI, entre outros quanto para estudantes de mestrado e doutorado, que enfrentam produção intelectual intensa, autocobrança, isolamento e medo constante de falhar. A psicoterapia oferece um espaço de escuta, pausa e reorganização interna, onde limites são compreendidos não como barreiras, mas como bússolas para uma vida mais sustentável.

A boa notícia é que existe vida depois do burnout. Uma vida com mais leveza, autenticidade e espaço para respirar. O tratamento psicológico não busca apagar suas conquistas, ele ajuda a sustentá-las com presença. E quando há tempo para sentir e reconstruir, reencontrar o centro de si se torna não apenas possível, mas profundamente transformador.

Conclusão: Burnout é um Sinal de Que Algo Precisa Mudar

A exaustão emocional que acompanha o burnout não surge de uma hora para outra. Ela costuma se acumular, entre angustias com metas, noites mal dormidas e a tentativa de manter tudo sob controle. Reconhecer que esse ritmo exige estar bem emocionalmente é um gesto de maturidade. Quando o corpo e a mente pedem cuidado, escutar esse chamado é um movimento necessário para preservar a saúde, os vínculos e o sentido da própria trajetória.

A psicoterapia da abordagem da psicologia analítica junguiana oferece um espaço ético, respeitoso e confidencial para refletir sobre esses sinais e reorganizar a vida com mais clareza e equilíbrio. Ao longo do processo, muitas pessoas redescobrem sua força, ajustam suas escolhas e retomam o contato com o que realmente importa, dentro e fora do trabalho.

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