Desmotivação Após o Performance Review: Psicoterapia para Executivos

Terapia Online - Lisiane Hadlich

Lisiane Hadlich

Desde o ano 2000, venho sendo uma força de mudança na vida de inúmeras pessoas. Jornadas marcadas por histórias de transformação e crescimento para adultos, adolescentes, casais e famílias - não importa a complexidade dos seus desafios estou aqui para te ouvir, apoiar e guiar você em sua busca por uma mente feliz e uma vida mais plena.

Mulheres e homens em cargos de liderança que alcançam resultados impressionantes e gerenciam equipes complexas não estão imunes à frustração inesperada após uma avaliação de desempenho. Sentir que ‘não sabe como melhorar’ ou que o feedback não reflete o real potencial é mais comum do que se imagina, gerando desmotivação silenciosa e impacto direto na liderança.

Sou psicóloga e psicanalista com 26 anos de experiência em psicoterapia online, atendendo gestores e gestoras brasileiros no exterior, além de americanos e portugueses que buscam autoconhecimento, propósito e equilíbrio entre alta performance e bem-estar. Ao longo de minha prática, auxilio muitos líderes de alta performance que compartilham desafios semelhantes: dificuldade em lidar com feedbacks complexos, sensação de sobrecarga emocional mesmo alcançando resultados expressivos, burnout.

Neste artigo, vou explorar os principais desafios enfrentados por altos cargos corporativos em avaliações de desempenho, incluindo a desmotivação gerada por feedback pouco claro, os impactos emocionais sobre a liderança e a vida profissional, e como a psicoterapia pode atuar como ferramenta estratégica para ressignificar frustração, aumentar foco e inteligência emocional, e sustentar alta performance de forma consistente.

Avaliação de Desempenho: Desafios para Executivos

Mesmo líderes de alto desempenho, reconhecidos e admirados por resultados expressivos, podem sentir uma frustração silenciosa após uma avaliação de desempenho. É comum perceber que, apesar de todo esforço, o feedback recebido não reflete claramente seu potencial ou caminhos de desenvolvimento. Esse sentimento não significa fraqueza; ele é legítimo e humano, e muitos executivos experimentam o mesmo.

Refletir sobre essa experiência é essencial. O que significa receber um feedback que gera confusão ou dúvida sobre sua performance? Como manter a motivação quando se tem a sensação de não saber como melhorar? Essas questões impactam diretamente a clareza nas decisões, a eficácia da liderança e a presença estratégica em momentos cruciais da carreira.

Estudos reforçam essa percepção. Por exemplo, pesquisas da Universidade de Stanford mostram que feedbacks pouco claros aumentam a ansiedade e reduzem a motivação, mesmo entre profissionais de alta performance. Reconhecer e nomear essas emoções é o primeiro passo para transformar a frustração em aprendizado e desbloquear a próxima fase de sua liderança. Ao longo do texto abordarei como a psicoterapia fornece as ferramentas estratégicas para essa transformação.

Quando Dar o Máximo Parece Não Bastar

Mesmo profissionais de alto desempenho reconhecidos podem se sentir paralisados após uma avaliação de desempenho pouco clara. Imagine um líder que entrega resultados sólidos, mas recebe feedback genérico como “precisa melhorar a liderança da equipe”. A sensação não é de falha objetiva, mas de não saber por onde recomeçar. Esse momento frequentemente desperta uma crise interna: questionamentos sobre competência, propósito e relevância profissional.

A frustração se manifesta em várias camadas psicológicas. A autoestima sofre quando o esforço intenso não parece suficiente. Assim o sentimento de pertencimento se abala quando não há clareza sobre expectativas. Além disso, a vergonha surge diante da percepção de falhar, mesmo que só internamente. Um executivo pode se perguntar, silenciosamente: “Será que ainda faço diferença? Será que estou no caminho certo?” — perguntas que corroem a confiança e a motivação, sem visibilidade externa.

Esses impactos não ficam restritos à mente; afetam decisão, assertividade e engajamento. Estudos do Center for Creative Leadership mostram que líderes submetidos a feedbacks ambíguos apresentam redução significativa de foco estratégico e aumento de ansiedade. Em casos extremos, surge a dúvida existencial profissional: “por onde eu recomeço?”. Dessa forma, um ponto crítico onde a psicoterapia se torna uma ferramenta de clareza e resiliência estratégica.

O Executivo Ferrari: Performance Excepcional, Mas Equilíbrio é Essencial

Profissionais de alto desempenho frequentemente acumulam conquistas impressionantes. A metáfora do “Executivo Ferrari” representa líderes de alta performance que operam com resultados excepcionais, agendas intensas e decisões estratégicas complexas. Entretanto, o desafio não está no sucesso, mas em conciliar essa alta performance com equilíbrio emocional e qualidade de vida. Dessa forma preservando foco, clareza e presença estratégica tanto no trabalho quanto na vida pessoal.

Essa intensidade constante gera tensões acumuladas. Muitos líderes sentem solidão na tomada de decisões, dificuldade em delegar ou comunicar-se com a equipe de forma assertiva. Bem como lidam com a pressão por resultados. Tudo isso acaba afetando autoestima e senso de pertencimento. Um líder pode ter todas as conquistas visíveis, mas internamente experimentar a sensação de não estar totalmente no controle ou de não atender às próprias expectativas. Por conseguinte, uma cara fechada, mal humorada afeta a equipe e a vida pessoal.

Para lidar com esses desafios, reconhece-los é fundamental. A psicoterapia atua como espaço seguro para processar essas emoções, ressignificar frustrações e desenvolver resiliência estratégica. O objetivo não é reduzir a performance, mas permitir que o executivo mantenha sua excelência sem comprometer equilíbrio emocional, presença e saúde física, mental.

Desmotivação e Desgaste Emocional

A desmotivação após uma avaliação de desempenho raramente começa de forma abrupta. Ela se acumula em silêncio, nos dias em que o esforço parece não bastar. Com o tempo, o executivo passa a sentir um cansaço diferente. Não apenas físico, mas emocional. Falta clareza, sobra tensão. As decisões exigem mais energia. A paciência diminui. A liderança perde leveza.

No início, muitos tentam compensar. Trabalham mais, buscam novos resultados, aumentam o ritmo. Mas a sobrecarga emocional não desaparece. Surge a sensação de estar sempre presente, mas desconectado. O corpo está na reunião; a mente, em outro lugar. Com certeza, essa distância afeta a qualidade das relações com a equipe, com o parceiro, com a própria carreira.

Estudos sobre saúde mental corporativa mostram que o estresse crônico reduz em até 20% a capacidade de decisão estratégica. Isso significa que, sob pressão constante, o líder tende a reagir em vez de refletir. A consequência é sutil, mas profunda: perde-se a clareza, o propósito e, aos poucos, o prazer de liderar. Recuperar esse equilíbrio é uma necessidade. E começa quando a pessoa permite olhar para dentro, com o mesmo comprometimento que aplica ao negócio.

Terapia para Executivos: consciência estratégica

Assumir responsabilidades de liderança traz conquistas visíveis, mas também provoca inquietações internas pouco perceptíveis. A terapia permite explorar essas tensões silenciosas, revelando como dúvidas sobre escolhas, frustrações com feedbacks e pressões cotidianas impactam a energia, a motivação e a percepção de si mesmo. É um espaço para observar padrões de comportamento e respostas emocionais que normalmente permanecem ocultos.

Nas sessões de psicanalise, surgem reflexões profundas sobre pertencimento, comunicação, limites e autenticidade. Questões como sentir-se desconfortável em reuniões decisivas, dúvida sobre como contribuir de forma significativa ou dificuldade em lidar com críticas são analisadas com segurança. Esse olhar direcionado ajuda a transformar tensões em consciência estratégica, permitindo que o gestor(a) compreenda melhor suas reações e necessidades internas.

Ao final, a experiência não se resume a aliviar o desconforto. Ela propicia um refinamento do olhar sobre si e sobre o ambiente profissional, ampliando a capacidade de tomada de decisão e fortalecendo a presença em contextos de pressão. Como resultado, o gestor constrói relacionamentos de confiança mais sólidos, diminui desgaste emocional. Assim consegue conduzir sua equipe com mais presença, segurança e percepção estratégica.

Autoconhecimento e Gestão Emocional

O cérebro não faz distinção entre ameaças reais e percebidas. Ambos ativam as mesmas respostas emocionais.” Antônio Damásio.

Esta perspectiva destaca como crenças podem influenciar decisões executivas. A psicanálise oferece ferramentas para explorar os aspectos inconscientes que moldam comportamentos e reações emocionais. Ao compreender esses padrões, o executivo pode desenvolver uma maior autoconsciência, permitindo uma gestão emocional mais eficaz. Técnicas como a reinterpretação cognitiva auxiliam na transformação de respostas automáticas em ações mais ponderadas.

Além disso, a neurociência revela que áreas do cérebro responsáveis pela tomada de decisão, como o córtex pré-frontal, podem ser afetadas por emoções intensas, comprometendo a clareza mental. Estratégias terapêuticas, aliadas a práticas de mindfulness e regulação emocional, fortalecem essas regiões cerebrais, promovendo decisões mais alinhadas aos objetivos profissionais.

Ao trabalhar padrões emocionais na terapia, o executivo passa a reconhecer como sentimentos e frustrações influenciam suas decisões e sua interação com a equipe. Esse processo permite estruturar comunicação mais consistente, gerenciar situações difíceis com inteligência e fortalecer a presença no ambiente corporativo. O resultado é uma liderança mais consciente, segura e capaz de equilibrar demandas profissionais e pessoais de forma equilibrada.

Conclusão: O Próximo Nível da Liderança Começa na Clareza Interna

A frustração após uma avaliação de desempenho é um sinal profundo, não de fraqueza, mas de que algo essencial, seu propósito ou seu senso de valor está em desequilíbrio. Para profissionais de alto desempenho, vivenciar esse desgaste interno em silêncio torna a jornada ainda mais pesada.

Como psicanalista com 26 anos de experiência, meu trabalho é acolher essa experiência e fornecer um espaço de escuta e análise. Atendo gestores e gestoras no Brasil e no exterior em sessões online personalizadas conforme cada demanda.

A terapia permite dar espaço e nome ao que se manifesta como cansaço ou dúvida, preveni ou trata o Burnout. Nesse processo de análise profunda, resgatamos o propósito e construímos uma forma de alta performance com menor desgaste psíquico.

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