Libertar-se da culpa na Codependencia afetiva: esse será a demanda para reflexão psicanalítica de hoje. A culpa é muito frequente na dependência emocional sobretudo porque este sentimento leva a aceitar atitudes e comportamento prejudiciais, maléficos de quem se ama.
Por exemplo, pessoas codependentes tem muitos pensamentos limitantes e crenças de inferioridade, como:
- “não sou boa o suficiente”
- “preciso agradar meu parceiro(a)”.
- “só sou feliz se meu parceiro tiver feliz”
- Pensam tanto nos outros que esquecem de valorizar a própria felicidade.
- Desenvolvem uma fixação em cuidar e querer mudar a outra pessoa.
- Deixa de fazer o que tem vontade pelos outros
- Não sabe dizer não ou colocar limites.
- Vivenciam frequentemente o papel de vitima
- convivem com pessoas narcisistas
- submete-se a comportamentos abusivos
Juntamente com a auto analise acima, você pode se perguntar: Seu dialogo interior foca no que é bom para voce? Como é a forma como você se trata? Voce sente suas ideias valorizadas por seu parceiro(a)?
Nesse sentido, um dos desafios para co-dependentes afetivos é viver o presente, com fluidez e produtividade, mantendo a auto estima saudável. As crenças citadas acima levam a pessoa contentar-se com pouco, esperando o outro mudar e ao mesmo tempo esperando reconhecimento por toda ajuda ao parceiro problemático.
Ou seja, estabelece-se um padrão de culpa e não sentir-se bom o suficiente. Do mesmo modo a tentativa de controlar o parceiro ou deixar-se ser controlado, mudando tom de voz, vontades pessoais, amizades, sonhos, apetite.
Todas as vezes que você abre mão do que quer e sente-se desvalorizado: qual seria sua identidade? Vamos recupera-la para ser feliz?
Libertando-se da culpa na codependencia afetiva: Identidade: o que você quer?
Todas as vezes que você se desvaloriza ou espera permissão dos outros para fazer algo gera um grande sentimento de frustração, ansiedade. A perda do self e identidade consiste em viver para os outros.
Homens e mulheres codependentes baseiam suas ações no que os outros esperam e desejam. Para ilustrar, reflita: que pessoas você se sente responsável emocionalmente? Quanta culpa e responsabilidade você tem pego por problemas de outras pessoas? Isso gera uma exaustão emocional.
Exemplo de caso real: Codependencia Afetiva
Fernando (nome fictício) é um homem adulto, bem sucedido, bonito, sociável, mas procura a psicoterapia por frustrações amorosas. Seu maior sonho é ter uma família harmoniosa mas ele relata estar confuso vivendo um relacionamento com abuso financeiro e traições.
Na história de vida percebe-se que seu pai abandona sua mãe gravida e não proporciona nenhum tipo de ajuda financeira para eles. Sua mãe passa a viver em função do filho. Fernando cresce empenhado nos estudos para ajudar o financeiro da família.
Seu foco era o bem estar de sua mãe, que vivia para ele. Estabelecendo uma codependencia emocional. Ou seja, aprendeu a fazer tudo pela família e colocar-se em segundo plano. Esse padrão segue na escolha da companheira.
Inconscientemente, ele é atraído pelo arquétipo de seu pai: egoísta, narcisista, explosões emocionais, bruscas mudanças de humor, mentiras e traições. Quando começam as brigas, Fernando acha que é culpa dele.
Ele acha faz algo de errado e quer agradar a namorada. E isso dura anos. Ele faz de tudo, humilha-se, conversa, acredita que a namorada vai mudar ate que na dor de uma traição vista com os próprios olhos decide procurar ajuda psicológica.
Com um semestre de psicoterapia, Fernando pede o divorcio e começa a aprender a liberta-se das dores da historia familiar e ser mais leve, intuitivo nas escolhas amorosas. Como resultado: libertar-se da culpa na codependencia afetiva.
Tratamento psicológico para codependencia afetiva:
Para me especializar em codependencia afetiva e relacionamentos abusivos, fiz cursos em Portugal e Espanha na área da psicologia. Aprender a cuidar de si mesmo e lidar/terminar com relacionamentos dependentes requer uma abordagem com aprendizado em auto aceitação, auto-avaliação e auto-aperfeiçoamento.
Assim, trará para a sua vida uma nova maneira de se perceber, de se posicionar e tomar decisões. Auto aperfeiçoamento é investir no desenvolvimento humano. Auto aceitação é a consciência de ser bom o suficiente.
Enquanto a gente se recusa em se amar e mudar padrões negativos identifica-se com identidades distorcidas. A psicoterapia junguiana será o momento de voltar para si mesmo. Fazer as pazes com suas partes que por tanto tempo você renegou.
Se aceitar por inteiro, por completo. Permita-se o cuidado emocional e descubra seus benefícios.