Casos extraconjugais e compulsão em trair: como parar?

Terapia Online - Lisiane Hadlich

Lisiane Hadlich

Desde o ano 2000, venho sendo uma força de mudança na vida de inúmeras pessoas. Jornadas marcadas por histórias de transformação e crescimento para adultos, adolescentes, casais e famílias - não importa a complexidade dos seus desafios estou aqui para te ouvir, apoiar e guiar você em sua busca por uma mente feliz e uma vida mais plena.

Casos extraconjugais e compulsão em trair: como parar? Hoje escrevo sobre sexualidade: desvios de conduta em relacionamentos monogâmicos. Mesmo na poligamia, relações sexuais envolvem responsabilidade.

Nesse sentido, um relacionamento se constrói com união de raciocínio e sentimento. A traição consiste em um desequilíbrio pessoal (mentiras) e moral (compromisso).

Você sofre com os males da traição e mentira compulsiva? Pessoas inseguras que se sentem insatisfeitas no relacionamento podem buscar outros relacionamentos fora. Do mesmo modo, um ego narcisista sente falta da conquista, o que também leva a uma vida dupla.

Ou seja, sentimentos de insegurança, falta de dialogo construtivo, medo da rejeição também podem ser gatilhos da compulsão. Desejos e conquistas movimentam o ego do ser humano. Uma pessoa narcisista visa apenas prazer no momento imediato, sem pensar nas consequências.

Sao características de pessoas narcisistas: baixa auto estima, carência emocional, dificuldade de colocar limites e dialogar, transtornos de personalidade, podem desencadear comportamentos imaturos e desequilibrados.

Atendendo mulheres e homens com queixas de infidelidade crônica e/ou vícios em pornografia/profissionais do sexo, trabalho na psicoterapia as demandas das consequências das mentiras, ilusões e omissões.

De início, a pessoa infiel não vê maldade em seus desejos. Pode justificar-se colocando a culpa em seu parceiro(a) ou querer auto afirmação através de sentimentos sexuais sem apego. Existe uma falta de empatia e sensibilidade, que gera a falta de honestidade e respeito.

Casos extraconjugais e compulsão em trair: Sentimento de Inferioridade

Quando o desejo sexual ultrapassa valores de respeito e honestidade sinaliza um vicio em compensações superficiais. O que pode estar ligado a sentimentos de inferioridade.

Quem escolhe algo ruim para si mesmo em plena consciência? O inconsciente esta sempre por trás de suas decisões. Você ama de forma positiva ou negativa? Se você não sabe dar e receber amor suas relações acabam se diluindo.

Do mesmo modo mentiras e infidelidade refletem a incapacidade de amar. As compulsões são formas de suavizar dores emocionais, como se tomasse um analgésico, tentar preencher um vazio. A quantidade excessiva de erotismo entorpe os sentidos e obscurecem a consciência. Fugir de que? De padrões internos de auto invalidação.

Frequentemente o sentimento de inferioridade revela uma incapacidade de amar a si mesmo e aos outros. Ou seja, são pessoas que podem ter aprendido na infância que relacionamento é feito de brigas, sexo é sujo, afirmar-se por conquistas para preencher vazios emocionais.

Insegurança e Fugas Emocionais

O prazer sem proposito de vida é uma fantasia que se contrapõe a realidade. De acordo com a psicanalise, um dos maiores prazeres na vida é vivenciar vínculos positivos.

Mas muitas crianças vivenciam intensos sofrimentos em seus relacionamentos familiares. John Bowbly comprovou por pesquisas que jovens que cresceram em lares com muitas brigas ou foram separadas cedo de seus pais desenvolvem uma incapacidade de conexão.

Esse sentimento de insegurança vai aparecer na busca pelo parceiro(a) podendo atrair um cônjuge indisponível emocionalmente. Ou sabotando o relacionamento na forma de traições conjugais.

A compulsão a pornografia também esta nesse quadro psicológico. Muitos jovens aprendem a sexualidade de forma fantasiosa e se frustram com expectativas irreais. Dessa forma pode desencadear conflitos e arrependimentos.

Amorosamente equivale a existir uma inconsistência na forma de amar. Ao mesmo tempo que aproxima-se e inicia um relacionamento, por outro lado, demonstram inseguranças e são pessoas aflitas.

Psicoterapia para casos extraconjugais e compulsão em trair

Primeiramente a pessoa deve perceber os danos que seu comportamento causa a si mesma e aos outros.

O amor acarreta em si sentimentos de intimidade, genuína afeição e cuidado. Apaixona-se quando existe um laco afetivo. Em uma perspectiva clinica, precisa-se trabalhar os traumas da infância, crenças sobre sexualidade, auto estima, fugas emocionais, dificuldade de expressar-se emocionalmente.

As traições possuem uma natureza breve e efêmera. Precisa-se decidir o que se deseja colher no futuro. A capacidade de gerar vínculos seguros promove nossa saúde mental, emocional e nos protege dos estresses da vida.

A paixão sexual e amor romântico devem estar associados. Para isso precisa-se conhecer-se para acertar na escolha do parceiro e descobrir uma capacidade de esforço para superar conflitos no relacionamento conjugal.

Tendo o amor como uma base segura, tanto homens como mulheres podem superar vícios e compulsões. O amor não precisa ser um campo de batalha. Com a psicoterapia pode-se superar padrões negativos e sentir-se digno de ser amado.