Autoconhecimento: lidando com frustrações. Esse é o meu tema para analise psicanalítica de hoje. Como as frustrações do dia a dia afetam seu emocional? Muitas pessoas sofrem com alta reatividade emocional diante do que não podem controlar, expectativas frustradas, reações de outras pessoas.
Além disso, a sensação de perceber-se irritado, frustrado ou ter um choque emocional é extremamente dolorosa, tanto no psicológico quanto no corpo físico. Muitas vezes as pessoas nem se dão conta de quando começam a ficarem mal.
E, de repente, no somatório de mal estar, o emocional explode gerando reações mal elaboradas, mal direcionadas e com consequências. Por exemplo: ser mal compreendido pelos outros, passar mal fisicamente, crises de choro, desistir, impaciência, agressividade (insultos ou ate violência), crise depressiva, entre outros.
Da mesma forma, a pessoa sob o domínio mental, emocional negativo da frustração torna-se deprimida. Tem dificuldade de compreender a situação por inteira, ficando menos empática e isolando-se. Por que isso acontece?
Nesse sentido, a reatividade emocional, que pode ser expressada ou sentida como depressão, irritação ou frustração, consiste numa sobrecarga do passado. Em psicologia junguiana, a sombra tem um potencial de energia.
Acima de tudo, emoções impostas e reprimidas na infância e adolescência geram um acumulo de irritação. A superproteção também gera personalidades imediatistas que buscam resultados imediatos, com baixa tolerância a frustração.
Quando crianças, muitos sentiam-se invisíveis e não eram ouvidos. Como consequência na vida adulta quando sentem-se tratados sem atenção ou injustiçados sentem novamente a sensação de impotência da infância, gerando uma crise emocional ou reatividade.
Por isso: autoconhecimento: lidando com frustrações. A medida que em terapia a sombra vai sendo entendida recupera-se essas partes reprimidas. Quando se apropria dessas partes passamos a desenvolver auto compaixão e capacidade de autodomínio.
Quais são os transtornos psicológicos e traumas relacionados a reatividade e não lidar com frustrações?
- Depressão crônica
- Transtornos de humor
- Transtorno de raiva.
- borderline
- Transtornos de ansiedade
- Traumas da infância relacionados a rejeição, abandono, culpa.
- Traumas de abuso sexual e violência.
- Infâncias com famílias abusivas, violência psicológica onde a reatividade era um padrão emocional.
- Personalidade com baixa tolerância a mudanças.
- Personalidade antisocial.
Autoconhecimento: lidando com frustrações: guardar tudo para si
Muitas crianças são forcadas a amadurecer intelectualmente por viverem em ambientes autoritários, agressivos, indiferentes, brigas constantes ou solitários. Aprendem a cuidar da própria família, “não ser mais um peso” ou “mais um problema para a família”.
Nesse sentido, jovens aprenderam a cuidar de si mesmos, não podiam contar com sua famílias ou desaponta-las. Aprendem sobre sexo em revistas e na escola. Sabem que precisam ir bem nos estudos e trabalhar, dedicam-se muito intelectualmente. E acabam se sobrecarregando emocionalmente.
Por exemplo: querer resolver tudo sozinho, não aceitar fragilidade, dificuldade de pedir ajuda, medo de se expressar e ser mal visto, entre outros.
Então, em essência, são pessoas com muitas qualidades. Podem ter uma carreira de sucesso, honestas, esforçadas, trabalhadoras. Mas, emocionalmente frágeis. Conjuntamente, importante dizer que não existe problema em ser frágil. A questão esta quando a dor toma conta dessas pessoas e podem acabar cometendo atos impensados como crime ou suicídio.
Aprender a lidar com a sensibilidade, proteger-se emocionalmente são parte das sessões terapêuticas.
Psicoterapia junguiana: autoconhecimento e desenvolvimento da inteligência emocional
Essas pessoas chegam na terapia de varias formas. Pode ser por transtorno de ansiedade generalizada, por “abraçar o mundo”, excesso de trabalho, excesso de frustrações amorosas. Isso gera esgotamento mental, emocional e físico.
O excesso de trabalho é uma forma de fugir das emoções, revela uma dificuldade de ter tempo sozinho e aproveitar esse tempo. Em inicio de terapia, a ansiedade é tão grande que é ate desconfortável ficarem descansando.
Também tem meus pacientes encaminhados por cônjuges e terapia de casal, devido a explosões emocionais e desenvolvimento de vícios por questões emocionais mal resolvidas.
Na psicologia analítica trabalha-se as frustrações buscando as causas no inconsciente, que possui crenças, traumas, aprendizados emocionais disfuncionais e que gera reatividade, dificuldade de comunicação. O desafio será trilhar o labirinto dos sentimentos e racionalidade.
Sentimentos não expressados se acumulam e podem virar doenças, pois ocupam espaço interior e bloqueiam o fluxo de vida saudável.
Em psicoterapia, você pode aprender a gastar menos tempo em loopings emocionais e assim ter mais energia para focar o que importa e faz bem. Quanto mais você aprende a ouvir seu dialogo interior, focar, mais agira com discernimento emocional e criando resiliência nas frustrações.
Por isso, buscar ajuda profissional é fundamental.
Espero que este texto tenha conversado com seu coração. Saiba que você pode construir mais paz interior, que refletira em seus relacionamentos e na sociedade. Desenvolver um emocional resiliente é de grande valia nos momentos de insatisfação, injustiças e sofrimento.
Todas as crises podem ser oportunidades de crescimento e transformações. Conte comigo nesse processo.
Nota sobre a autora: Lisiane Hadlich Machado é psicóloga e psicanalista, atende online e presencial desde 2000, sendo referencia para brasileiros em mais de 30 países atendidos em terapia online que buscam um método único e diferenciado de autoconhecimento profundo.